quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Dúvidas nas finanças femininas

Site Diário de Natal

As mulheres, apesar de cada vez mais presentes no mercado de trabalho, ainda não sabem como investir o próprio dinheiro. Esta foi a constatação da psicóloga e consultora financeira Andrea Villas Boas, que entrevistou mais de 500 investidores entre novembro de 2009 e março deste ano e descobriu que, além de economizar menos que os homens, as mulheres não sabem procurar informações antes de decidir onde aplicar o dinheiro e ainda confundem poupar com investir.

"Somente 11% das mulheres que entrevistei economiza mais que 15% do salário, contra 24% dos homens, e a maioria acredita que comprar uma calça preta linda e cara, mas que dá para usar com tudo, pode até ser considerado um investimento. Isto é, no máximo poupar, não investir", detalhou a consultora. A pesquisa revelou também o medo feminino na hora de aplicar o dinheiro: cerca de 62% das temem se endividar no futuro. "Acho que é uma coisa cultural. As mulheres temem perder porque a responsabilidade de alimentar os filhos é maior para elas. Elas são criadas para cuidar da família em primeiro lugar".

A pesquisadora lembra, contudo, que os tempos mudaram e, atualmente, quem tem acesso à informação de qualidade, consegue driblar os receios na hora de investir. "O desconhecido nos assusta. O segredo do bom investidor é buscar informações de várias fontes. Só que é difícil encontrar material didático sobre o assunto pois os livros ou artigos que tratam de aplicações financeiras são extremamente técnicos". Pensando nisto, Andrea resolveu escrever o livro: O Valor Feminino, em que a propõe mudanças de comportamento que podem levar à prosperidade.

Entre as dicas da escritora estão: saber para onde está indo o dinheiro gasto; estancar dívidas; traçar metas e prazos; estudar o mercado de investimentos; investir; e acompanhar. Regras seguidas a risca pela aposentada Cristina Pimentel, 61 anos que, desde os 20, administra o próprio dinheiro e ao longo da vida investiu, com sucesso, em imóveis. "Sempre fui muito conscientedo que estava gastando. Contabilizo até um lanche no shopping. Mesmo quando fui casada, era eu quem resolvia no que eu e ele iríamos gastar nossos salários".

Para Cristina, foi esta intimidade com as contas da casa que a incentivou a investir o dinheiro poupado. "Eu vi que dava para aumentar minha renda aplicando meu dinheiro num imóvel. Mas, se tivesse mais conhecimento dos processos do mercado, poderia ter investido em algo mais rentável", ressaltou. Ainda assim, a aposentada pode descansar tranquila pois já tem dois imóveis, adquiridos com seu próprio dinheiro. "Comprei em momentos em que o mercado estava favorável", completou.

Este perfil empreendedor, porém, ainda está em desenvolvimento na maioria das mulheres pernambucanas. De acordo com dados do Fundo Finacap de Investimento em ações, dos 350 cotistas, apenas um terço é composto do público feminino. "Acho que é uma mudança gradual", comentou o diretor do fundo, Aristides Bezerra.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Independência Financeira

A interpretação equivocada de alguns conceitos financeiros é um dos motivos que podem levar mulheres a terem dificuldades na hora de lidar e multiplicar o dinheiro. Ao menos esta é a conclusão de Andréa Villas Boas, autora do livro “Valor Feminino – Desperte a riqueza que há em você”, que será lançado hoje na Livraria Cultura do Shopping Market Place, em São Paulo.
A prosperidade feminina é o tema central da obra de estreia da psicóloga e empreendedora, que explora aspectos educacionais, religiosos e culturais para relatar a relação feminina com o dinheiro. A autora é amparada por ampla pesquisa e dados oficiais sobre a condição econômica das brasileiras.
E foram justamente estes dados, alguns até assustadores para Andrea, que a levaram a escrever o livro. Ela comenta que sete entre dez brasileiras enfrentarão a pobreza em algum momento da vida, que no primeiro ano após o divórcio, o padrão de vida feminino cai 73% e que 90% das mulheres são as únicas responsáveis pelas próprias finanças em algum momento da vida, apesar de não traçarem planos para isso.
Na mesma função que homens, as mulheres recebem salários em média 27% menores. Ao focar somente em aposentadoria, a autora diz que 67% dos idosos que vivem sozinhos são mulheres. Três em cada quatro idosos pobres são do sexo feminino. Por ganharem menos, por se afastarem do trabalho por algum tempo após a maternidade e por na maturidade cuidarem de pais idosos, as aposentadorias femininas também são inferiores.
A autora propõe na publicação mudanças de comportamento entre mulheres que podem levar à prosperidade. A maior dificuldade feminina para multiplicar recursos pode ser explicada, na maior parte dos casos, pela educação diferenciada entre homens e mulheres.
Os homens são incentivados a investir desde a infância, enquanto mulheres são ensinadas que investir e ganhar dinheiro são moralmente inadequados. Outra situação complicada ressaltada por Andrea também é relacionada à criação das mulheres, que são incentivadas a primeiro cuidarem dos outros para depois pensarem nelas.

sábado, 14 de agosto de 2010

Quem poupa mais, o homem ou a mulher?

Nos anos 80 um dos mais famosos bordões de Abelardo Barbosa em seu Cassino do Chacrinha eram perguntas do tipo: “Quem sabe mais, o homem ou a mulher?” Que eram respondidas em coro pelo auditório majoritariamente feminino: “A mulheeeer!”
Não importava a pergunta, a resposta era sempre a mesma. Orgulhosas de seu gênero, as mulheres eram sempre melhores que os homens.
De lá para cá, a situação das brasileiras mudou muito. E para melhor. A começar pela educação. As mulheres com pelo menos 11 anos de estudo representam 61,2% do total das trabalhadoras, segundo dados do IBGE. Os homens na mesma situação são 53,2%. Embora estudem mais, ainda ganham menos que seus colegas, mas a diferença salarial entre os gêneros vem cedendo ano a ano. Hoje, o salário de uma profissional do sexo feminino corresponde a 71% do recebido por um homem em uma mesma função e não mais os 32% de 1993.
E no que gastam as mulheres? Roupas, bolsas e sapatos é a resposta óbvia, mas não a única. Pesquisa do instituto Sophia Mind mostra que a participação feminina nos gastos com alimentação familiar, por exemplo, é de 53%. No vestuário infantil a fatia é de 67,4% e na educação dos filhos, de 41%.
Como bancam boa parte das despesas da casa e dos desejos e necessidades de filhos, maridos e pais, quase não sobra para poupar. Segundo a pesquisa, a participação das mulheres no volume total de investimentos é de apenas 28,3%. O resultado não poderia ser pior, pois na velhice vem o desamparo.
Em sua pesquisa para o livro “Valor Feminino – desperte a riqueza que há em você”, a psicóloga Andréa Villas Boas descobriu que 67% dos idosos que vivem sozinhos são mulheres, e que três em cada quatro brasileiros pobres são do sexo feminino. E tem mais: quando se divorciam, veem o padrão de vida despencar 73%.
“Por ganharem menos, por se afastarem do trabalho por algum tempo após a maternidade e por, na maturidade, cuidarem de pais idosos, as aposentadorias femininas também são inferiores”, diz.
Andréa entrevistou 500 pessoas durante a preparação do livro e identificou interessantes diferenças entre os modos masculinos e femininos em relação ao dinheiro. Dos homens ouvidos, 23,2% tinham reservas suficientes para cobrir dois anos de despesas próprias e de seus dependentes. Já as mulheres na mesma condição eram 13,7%.
A triste constatação é que muitas mulheres, mesmo ganhando mais hoje do que nossas avós, negligenciam o cuidado com o dinheiro e quando param de trabalhar passam a depender de filhos ou parentes para sobreviver.
Para mudar este destino é preciso tomar as rédeas da vida financeira em busca da independência econômica, de preferência, bem antes da aposentadoria. Pois, além de viver mais, é preciso viver melhor.

Denise Juliani

(Texto publicado no Jornal da Tarde)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Mulheres têm medo de assumir as próprias finanças

Matéria do dia 08/08 no Portal IG:

Autora explica como mulheres podem garantir uma velhice financeiramente tranquila

Carina Martins, iG São Paulo | 08/08/2010

Cuidar sempre dos outros antes de si mesma é uma milenar característica social feminina. Fuçar os cadernos de economia do jornal, não. Esses dois traços, entre tantos, contribuem para que as mulheres enfrentem problemas financeiros específicos, como a miséria na velhice – 75% dos idosos pobres são do sexo feminino. É o que afirma Andréa Villas Boas, consultora e autora do livro “Valor Feminino”. A partir da identificação de comportamentos tipicamente femininos, ela propõe caminhos para que a mulher melhore sua relação com o dinheiro e, principalmente, garanta um futuro tranquilo.

“As estatísticas da mulher na velhice e na aposentadoria são lamentáveis. Três em quatro idosos pobres são mulheres, assim como 67% dos idosos sozinhos. Além disso, 90% das mulheres terão que cuidar de suas finanças sozinhas em algum momento da vida”, diz a autora. Por isso, se manter sempre descoberta financeiramente em prol dos outros e se apoiar nesses mesmos terceiros para organizar suas finanças pode acabar sendo um tiro no pé. “As mulheres têm essa tendência de cuidar dos outros, o que faz com que ela seja dependente no futuro. Eu lembro sempre daquela orientação das aeromoças: a gente primeiro tem que colocar nossa máscara de oxigênio para depois ajudar o outro. Se ela começar hoje, independentemente da idade, a cuidar dela, guardar para a aposentadoria dela, também está ajudando a família”, diz.

Para que isso aconteça, “tem que acordar para a realidade e começar a aprender”. Na opinião de Andréa, isso passa principalmente na visão que a mulher tem da sua própria capacidade de lidar com o dinheiro. “A crença é uma profecia autorrealizável. Se eu me acho capaz, isso vai me ajudar a abraçar a causa”.

Um dos indícios de que as mulheres evitam um envolvimento maior com o assunto, de acordo com a autora, é o dado de que a principal fonte de informação sobre investimentos masculina é a imprensa especializada; no caso das mulheres, é o gerente do banco. “Por não gostar, ou não se achar competente, ela busca alguém próximo para delegar. Mas ele só pode ser uma das fontes, porque trabalha para uma instituição que tem que prestar contas e tem metas específicas”.

Na prática é muito comum que mesmo quem decide se envolver mais com a própria vida financeira de cara empaque com uma realidade: se não sobra nada no fim do mês, o que eu vou investir? “Quando a pessoa fala que não sobra nada, eu pergunto se ela sabe exatamente quanto ela gasta em tudo no mês: todos os cafezinhos, todas as gorjetas, tudo. Se fizer uma planilha completa com tudo isso por três meses, todo mundo fica besta de como joga dinheiro fora. R$100 faz diferença? Sim, faz diferença”

Com os gastos identificados, a autora propõe uma sequência de passos: primeiro estancar as dívidas, depois poupar e, em seguida, investir. “Tenha metas do que você quer fazer na sua vida: trocar de carro, pagar uma faculdade para o filho, viajar, se aposentar. Para cada meta, há um tipo de investimento diferente. A de longo prazo não é para mexer, mas o cumprimento das outras vai dando satisfação e força para continuar”.

Mas ninguém é tão espartano a vida toda. A sobra já é pouca, os planos são muitos e a vida não é só obrigação. “A gente vive numa cultura do prazer imediato. Não precisa abrir mão e não gastar mais em nada. Só é preciso estar no comando e ter organização. Guardou e sobrou tanto? Vai lá e gasta com prazer. Guardar dinheiro não tem graça nenhuma, o que tem é gastar”.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Empreendedorismo - A Empresa sou eu

Matéria no site Mulheres am Ação
Sem planejamento, o sonho acaba logo
Por Juliana Garçon em 26/07/2010

Será mais fácil ver mico-leão-dourado do que carteira de trabalho por aí. Talvez a previsão seja exagerada, mas dá idéia da transformação nas relações trabalhistas e nos processos produtivos, resultado dos ganhos de eficiência e aumento de competição entre as empresas.

Também se relaciona com uma nova forma de ver a carreira e a vida. As pessoas buscam qualidade de vida e realização de sonhos, ainda que isso signifique trabalhar mais horas, diz a psicóloga Andréa Villas Boas, apoiada na sua experiência pessoal e no trabalho como consultora.

Ela fez carreira na área de recursos humanos de grandes companhias, mas decidiu trocar a vida corporativa pela de empresária. Cinco anos atrás, criou a Mentes & Meios, onde aplica seus conhecimentos prestando consultoria de RH e serviço de coach (orientação para materializar um determinado objetivo). A carga de trabalho não diminuiu. “Mas minha família entende e me apóia. Além disso, tenho mais flexibilidade de horários. Passei a me dedicar às áreas de trabalho que mais me atraem e fiquei mais próxima dos meus filhos”, comemora.

Deixar de ser empregado e se tornar patrão – mesmo que patrão de si mesmo, apenas– é o objetivo de uma parcela crescente dos profissionais que batem à sua porta. Esse tipo de projeto, observa, já foi associado à dificuldade dos profissionais experientes para se recolocarem no mercado, por falta de vagas ou salário abaixo do esperado. Mas, hoje, aos 25 anos, as pessoas já pensam em abrir um negócio. ”Há jovens que decidem se tornar empreendedores ao ver os pais sendo dispensados da companhia à qual se dedicaram por anos ou décadas.”

De fato, no Brasil, pessoas na faixa de 18 a 34 anos estão à frente de mais que a metade (52,5%) dos novos negócios – em estágio inicial ou com menos de 42 meses de existência–, conforme estudo da consultoria Global Entrepreneurship Monitor. Também é superior à metade (53%) o número de mulheres entre os 18,8 milhões de pessoas que estão abrindo um negócio no país.

Para algumas, trata-se de uma mudança imediata. Para outras, um processo de transição que dura alguns anos. Seja em qual situação for, é essencial ter planejamento, metas com prazos determinados, plano de negócio e poupança que assegure a sobrevivência por vários meses.

Acontece que abrir um negócio pode ter suas complicações, mas é mais fácil do mantê-lo e fazê-lo render lucros. O índice de mortalidade das micro e pequenas empresas brasileiras, nos primeiros cinco anos de existência, é de 70%, em média, de acordo com o Sebrae. Já nos dois primeiros anos, um quarto dos empreendimentos fecha as portas.

Os principais motivos são comportamento empreendedor pouco desenvolvido, falta de planejamento, gestão deficiente do negócio e problemas pessoais do empreendedor, além de flutuações na conjuntura econômica e políticas de apoio insuficientes.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Valor Feminino na Revista EXAME

Amigos,

O livro Valor Feminino não foi nem lançado ainda e já está sendo comentado! Quem tiver oportunidade de ver na Revista Exame, olhe a página 120.

Abraços

terça-feira, 20 de julho de 2010

Por que as mulheres sentem tanta culpa por enriquecer?

Comentário postado em 19/07 no blog da Mara Luquet da CBN

Quem puder, ouça tb o comentário no link: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/mara-luquet/MARA-LUQUET.htm

Um belo livro que será lançado na próxima semana, Valor Feminino, escrito por Andrea Villas Boas, toca num ponto crucial para a criação de riqueza entre mulheres: a culpa!

Andrea conversou com homens e mulheres entre 18 e 70 anos de idade e não encontrou nenhum homem que associasse ser rico com ter menos princípios, padrões morais menos elevados ou ausência de valores. Já as mulheres… diferenciaram riqueza material e espiritual ou moral. Elas estavam menos a vontade com a idéia de acumular riqueza, segundo Andrea.

O livro traz histórias reais de mulheres que passaram por dificuldades por conta desse cuidado excessivo com família, filhos e parceiros e a pouca atenção que reservam para elas mesmas.

No livro ela reúne, além da própria pesquisa, trabalhos publicados em diversos países e mostra alguns números que preocupam:

Três em cada quatro idosos pobres são mulheres;

Sete em dez brasileiras enfrentarão a pobreza em algum momento;

Na mesma função que homens,as mulheres recebem salário em média 27% menores;

No primeiro ano após o divórcio, o padrão de vida feminino cai 73%

O livro será lançado no próximo dia 29 na Livraria Cultura do shopping Market Place, em São Paulo.

O site do livro é www.valorfeminino.com.br