segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Por que delegar o cuidado com o seu dinheiro?

Mulheres, por que delegar a responsabilidade de cuidar dos seus investimentos para maridos, companheiros ou gerentes do banco?

Esta foi uma das principais questões que eu quis investigar na pesquisa que realizei para escrever o livro Valor Feminino.

O 1o. passo importante para investir é ter o dinheiro disponível, porém só isto não basta. É preciso também estudar e saber qual a melhor opção de investimento para cada uma de suas metas. As mulheres, muitas vezes, sentem-se inseguras em assumir a tomada de decisão sobre seus investimentos, pois não foram educadas e nem estimuladas para isso.

Vamos combinar que é bem mais confortável simplesmente passar a responsabilidade para o marido, companheiro ou gerente do banco fazer isso, afinal eles sabem mais do que nós, certo? ERRADO! Quem sabe mais é quem estuda mais e quem tem mais informações a respeito.

Pergunto: quem tem mais interesse em que seus investimentos sejam bem sucedidos: o seu gerente do banco ou você? Claro que você! Vale a pena lembrar também que o gerente do banco trabalha para uma instituição financeira que define metas mensais de vendas para os gerentes, ou seja, o gerente deve focar no produto x ou y, de acordo com o que interessa para o banco naquele mês. Você já pensou nisso? Sendo assim, por mais que o gerente possa ser mais uma das fontes de informação, não deve ser a única fonte e muito menos o tomador de decisão!

Quando delegamos algo para alguém, transmitimos junto com a tarefa delegada, a responsabilidade. Desta forma, se der certo ou errado, a culpa é do outro e não nossa. Pode parecer confortável num primeiro momento, porém a consequência, positiva ou negativa, será nossa, a gente querendo ou não. Se o investimento der bons frutos, bom para nós; se o investimento for ruim e não render o quanto poderia, ruim para nós.

Por isso, cuide pessoalmente do que é seu!

Artigo no Portal: http://www.plenamulher.com.br/colunas.asp?ID_COLUNISTA=61&ID_COLUNA=324

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Empreendedorismo

Será mais fácil ver mico-leão-dourado do que carteira de trabalho por aí. Talvez a previsão seja exagerada, mas dá idéia da transformação nas relações trabalhistas e nos processos produtivos, resultado dos ganhos de eficiência e aumento de competição entre as empresas.
Também se relaciona com uma nova forma de ver a carreira e a vida. As pessoas buscam qualidade de vida e realização de sonhos, ainda que isso signifique trabalhar mais horas, diz a psicóloga Andréa Villas Boas, apoiada na sua experiência pessoal e no trabalho como consultora.
Ela fez carreira na área de recursos humanos de grandes companhias, mas decidiu trocar a vida corporativa pela de empresária. Cinco anos atrás, criou a Mentes & Meios, onde aplica seus conhecimentos prestando consultoria de RH e serviço de coach (orientação para materializar um determinado objetivo). A carga de trabalho não diminuiu. “Mas minha família entende e me apóia. Além disso, tenho mais flexibilidade de horários. Passei a me dedicar às áreas de trabalho que mais me atraem e fiquei mais próxima dos meus filhos”, comemora.
Deixar de ser empregado e se tornar patrão – mesmo que patrão de si mesmo, apenas– é o objetivo de uma parcela crescente dos profissionais que batem à sua porta. Esse tipo de projeto, observa, já foi associado à dificuldade dos profissionais experientes para se recolocarem no mercado, por falta de vagas ou salário abaixo do esperado. Mas, hoje, aos 25 anos, as pessoas já pensam em abrir um negócio. ”Há jovens que decidem se tornar empreendedores ao ver os pais sendo dispensados da companhia à qual se dedicaram por anos ou décadas.”
De fato, no Brasil, pessoas na faixa de 18 a 34 anos estão à frente de mais que a metade (52,5%) dos novos negócios – em estágio inicial ou com menos de 42 meses de existência–, conforme estudo da consultoria Global Entrepreneurship Monitor. Também é superior à metade (53%) o número de mulheres entre os 18,8 milhões de pessoas que estão abrindo um negócio no país.
Para algumas, trata-se de uma mudança imediata. Para outras, um processo de transição que dura alguns anos. Seja em qual situação for, é essencial ter planejamento, metas com prazos determinados, plano de negócio e poupança que assegure a sobrevivência por vários meses.
Acontece que abrir um negócio pode ter suas complicações, mas é mais fácil do mantê-lo e fazê-lo render lucros. O índice de mortalidade das micro e pequenas empresas brasileiras, nos primeiros cinco anos de existência, é de 70%, em média, de acordo com o Sebrae. Já nos dois primeiros anos, um quarto dos empreendimentos fecha as portas.
Os principais motivos são comportamento empreendedor pouco desenvolvido, falta de planejamento, gestão deficiente do negócio e problemas pessoais do empreendedor, além de flutuações na conjuntura econômica e políticas de apoio insuficientes.
Com reportagem de Juliana Conte.